Quando a gente é criança, faz amigos com certa facilidade (ou não, dependendo do quão tímidos somos). E crescemos com a sensação de que alguns desses amigos vão ser eternos! Fazemos confidências, pactos, promessas de nunca perder o contato, de sermos amigos pra sempre!
Mas a vida tem outros planos...e nos afasta...Através da falta de tempo...do excesso de trabalho, da mudança de bairro, de cidade, de convicções...
Mudamos!!!
E quando, por acaso nos reencontramos numa dessas esquinas da vida, tudo volta! Os cheiros, os sonhos, as brincadeiras, os sorrisos, as promessas....mas já não somos os mesmos...e é raro que se consiga resgatar aquela velha cumplicidade.
Quando adultos, temos segurança de que fazemos as melhores escolhas, e que só permitiremos que transpassem a “bolha de defesa” que construímos ao nosso redor, pessoas de nossa inteira confiança, que só entregaremos o precioso tesouro da nossa amizade àqueles com quem tenhamos profunda afinidade, afinal de contas, aprendemos a escolher bem! Somos adultos!
Apesar disso, muitas vezes nos sentimos ‘traídos’ por esses amigos, mesmo que eles não tenham consciência da possível mágoa que provocaram ...
Ou ainda, por defesa, não permitimos que penetrem a nossa “bolha”, pessoas que não passaram no nosso ‘controle-de-qualidade-à-primeira-vista-pessoal’, e que poderiam ser realmente maravilhosos!
E a vida? Ah! A vida ...Ela nos prega peças, e coloca no nosso caminho , vez por outra, alguém que vai ficar pra sempre! E esse alguém pode chegar até o nosso coração por vias absolutamente inusitadas. Como a Net!
De repente uma conversa à toa, uma troca de idéias...interesses comuns, ou tão incomuns que instigam uma contenda....e quando você se der conta, pronto! Ganhou um amigo!
Eu fiz alguns amigos assim! Entreguei a eles meu coração como só se faz com aqueles que a gente considera realmente especiais!
Se essa amizade vai prosperar, ou continuar igual quando a gente ‘crescer’ ou ‘se mudar’, só o tempo dirá. Se eu vou decepcionar, lamentar, chorar ou me sentir ‘traída’ por um deles, não tenho como saber. Se eu mesma vou fazer isso, ainda que involuntariamente, também não sei.
Só sei que fazer amigos é muito, muito bom! E eu agradeço à Deus todos os dias por cada um deles!
À quem se considera e se sabe meu amigo, saiba que eu tentarei bravamente não te desapontar.
Aos que acham que a minha amizade é ‘coisa pouca’, que nem vale a pena o esforço de me conhecer, uma coisinha que a vida me ensinou....
Sinto muito por você! Perdeu a oportunidade de conhecer uma pessoa muito interessante!
*E modesta!
