quarta-feira, 26 de março de 2008

Houve um tempo...







...em que segundos de contato faziam toda a diferença...

Houve um tempo em que o calor de um abraço era o prêmio da presença

Tempo em que as horas não passavam.....que os sorrisos não cessavam...que os sonhos enlevavam...

Tempo que passa, tempo que corre, que escorre entre os dedos e não volta mais...

Tempo que esvai, que some, que trai...mas que do peito não sai...

Tempo que grita, que irrita, que imita....a saudade do coração....

Tempo que chora, que ora e implora pelo que um dia se teve nas mãos...

Houve um tempo....tempo que se foi...

Houve um tempo...Hoje? Nem um “Oi”...

Tempo passado...não deixa legado, sequer um “Adeus” pra se consolar...

Tempo presente...que chora, que sente...cada lágrima do rosto a rolar...

Tempo futuro....momento inseguro, mas único porto a se vislumbrar...

Tempo...quem é você??? Que maltrata, que mata...acalenta, sustenta...

Tudo ao mesmo tempo, mas sem avisar....

Tempo, eu suplico!!! Me dá um abrigo!!! Me envolve e dissolve essa nuvem no olhar....

Tempo, me esconde...me leva pra longe...não me deixa pensar...

Ah, tempo!!! Seu tempo é eterno!!! O meu??? Já passou...

Tempo...exposta ao Inverno...tempo que eu queria.....O amor acabou...



sábado, 1 de março de 2008



Como saber que o amor acabou???




Será que cada um de nós tem uma quota de amor, e quando a utilizamos de forma exagerada ela se extingue??? Como um combustível que produz uma chama intensa por um tempo, e depois vai se apagando aos poucos até que não reste nada além das cinzas???

Como detectar esse momento??? Como saber onde foi que acabou??? Se a culpa foi dele, ou dela??? E como olhar para as cinzas e não pensar em Lavoisier??? Tudo se transformou...mas ainda existe!!! Não acabou!!! Apenas tem uma nova forma, uma nova aparência...

Há que se descobrir como lidar como esse novo cenário. Não se convive por um tempo com alguém sem que isso deixe marcas profundas (e a intensidade do amor que se sentiu não se mede por esse tempo, mas pela cumplicidade e pela entrega de ambos).

O que fazer com as cinzas??? Soprá-las ao vento até que não reste nada tangível desse amor??? Ou guardá-las num pote, dentro do coração, como um arquivo dos bons e maus momentos que fizeram de nós o que somos até aqui???

Quem errou??? De quem são as cinzas??? Minhas ou suas???
É a pele que não arrepia mais??? O coração que não dispara quando estão juntos??? Os olhos que perderam o brilho ou a conversa que se resume a monossílabos educados (ou não!)???

Como se ter certeza de que um amor acabou???

E como saber se acabou pra ambos....ou só pra um de nós???
Muitos questionamentos pra um sábado, não é???

Que tal assim...esqueça o que leu, curta o seu amor enquanto houver a chama e seja feliz!!!


Lindo Sábado pra todos!!!!